A companhia aérea Azerbaijan Airlines disse nesta sexta-feira (27) que o acidente com um avião com 67 pessoas a bordo no Cazaquistão foi provocado por "interferências técnicas e físicas externas".
Segundo a empresa, a hipótese se baseia nos resultados preliminares da investigação sobre o desastre de 25 de dezembro, que deixou 38 mortos e 29 feridos.
A conclusão deve alimentar as suspeitas de que a aeronave modelo Embraer 190 foi atingida por estilhaços da explosão de um míssil terra-ar lançado pela defesa antiaérea da Rússia contra drones ucranianos em Grozny, capital da Chechênia e destino do fatídico voo.
O avião havia partido de Baku, no Azerbaijão, e caiu em Aktau, no Cazaquistão, às margens do Mar Cáspio, após ter desviado de sua rota original.
A própria autoridade de aviação civil russa afirmou que drones ucranianos atacavam Grozny no momento em que a aeronave da Azerbaijan Airlines tentava descer.
A tese do míssil também é reforçada pelas marcas de perfuração vistas na parte traseira da fuselagem, que permaneceu íntegra após a queda por ter se desprendido do restante do avião antes que ele pegasse fogo.
Devido à tragédia, a Azerbaijan Airlines suspendeu os voos entre Baku e 10 cidades da Rússia, incluindo Grozny, Sochi e Volgograd. "A suspensão permanecerá em vigor até a conclusão das investigações", destacou a empresa.
EUA indicam possibilidade de avião ter sido abatido por russos
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou nesta sexta-feira (27) que “as indicações iniciais sugerem a possibilidade” de que o avião da Azerbaijan Airlines “foi abatido pelos sistemas de defesa aéreo russos”.
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