O presidente da França, Emmanuel Macron, garantiu nesta quinta-feira (5) que não vai renunciar ao cargo, além de anunciar que estabelecerá "um governo de interesse geral" após a queda do primeiro-ministro Michel Barnier.
Horas antes do pronunciamento do mandatário, o chefe de governo se encontrou hoje com Macron no palácio do Eliseu, em Paris, para entregar sua carta de renúncia. Tudo isso ocorreu um dia após o Parlamento derrubar Barnier com a aprovação de uma moção de censura.
"Honrarei o mandato para o qual os franceses me elegeram até o último dia. Fui eleito democraticamente para um mandato de cinco anos e ficarei até ao fim", disse o presidente.
Macron acrescentou no decorrer do discurso que a responsabilidade pela queda do governo não é dele, "mas do Parlamento".
Em relação ao novo premiê francês, o chefe de Estado declarou que o sucessor de Barnier será comunicado "nos próximos dias".
"Nos próximos dias nomearei um primeiro-ministro para formar um governo de interesse geral. O premiê terá que realizar consultas e formar um governo restrito ao seu serviço", afirmou Macron, acrescentando que será composto por todas as forças políticas disponíveis para não ter desconfiança.
O presidente mencionou que o governo "está desanimado porque as extremas direita e esquerda se uniram em uma frente antirrepublicana".
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