(ANSA) - O ex-presidente peruano Alejandro Toledo (2001-2006) ficará ao menos 18 meses preso em medida cautelar após ser extraditado ao seu país pelos Estados Unidos no fim de semana.
O político de 76 anos responde a processo que o acusa de corrupção por ter supostamente recebido US$ 30 milhões da empresa brasileira Odebrecht para a construção da estrada Interoceanica.
A Procuradoria-Geral da República pede uma condenação de 20 anos pelos crimes, mas a titular do órgão, Patricia Benavides, afirmou que o ex-chefe de Estado pode reduzir a possível pena se se declarar culpado e aceitar um processo com rito abreviado.
Toledo não deu entrevistas à imprensa, mas disse a Benavides que "está doente" e que "é inocente". A mídia peruana destaca que todo o rito judicial pode durar até um ano e meio, mesmo recebendo prioridade da Justiça global.
O ex-mandatário foi extraditado após ficar preso em regime domiciliar na Califórnia desde 2019. Ele vivia nos Estados Unidos praticamente por todo o tempo desde que deixou a Presidência, apenas retornando rapidamente em 2011 para tentar reeleger-se. Como não conseguiu, voltou para a Califórnia.
Há mais de 20 anos, o Peru convive com seus ex-presidentes sendo presos por diversos crimes cometidos durante o período em que são chefes de Estado. Na lista, estão Alberto Fujimori (1990-2000), Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018-2020) e Pedro Castillo (2021-2022) - que foi deposto e preso no fim do ano passado após tentar um golpe.
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