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Putin e Trump confiam um no outro, diz Kremlin

Putin e Trump confiam um no outro, diz Kremlin

Líderes da Rússia e EUA conversaram por telefone na última terça

ROMA, 19 de março de 2025, 11:02

Redação ANSA

ANSACheck
Putin e Trump conversaram por telefone © ANSA/AFP

Putin e Trump conversaram por telefone © ANSA/AFP

O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (19) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, "se entendem bem e confiam um no outro", além de estarem determinados em restaurar os laços danificados entre os países ao longo dos anos.
    A declaração foi dada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, após Putin e Trump conversaram por quase 3 horas por telefone na última terça-feira (18) e alcançarem um acordo para as tropas russas pararem de atacar temporariamente as instalações de energia da Ucrânia.
    "Posso dizer com um alto grau de confiança que os presidentes Putin e Trump se entendem bem, confiam um no outro e pretendem trabalhar para a normalização das relações russo-americanas passo a passo", afirmou Peskov, citado pela agência Tass.
    De acordo com o representante do governo russo, Putin também espera que a linha telefônica direta entre os presidentes dos dois países e um link de vídeo, que já existem há muito tempo, possa ser usada com mais frequência, ao contrário do que ocorreu durante o governo do democrata Joe Biden.
    "É claro que a Rússia e os Estados Unidos são países muito grandes e muita coisa foi estragada durante as administrações anteriores dos EUA", acrescentou.
    Ontem, Putin falou com Trump e concordou em suspender os ataques contra infraestruturas de energia ucranianas por um mês, porém exigiu a interrupção da ajuda militar e de inteligência ocidental a Kiev para aceitar um cessar-fogo completo.
    Para Peskov, porém, "a relutância da liderança ucraniana em concordar com um acordo é óbvia e motivo de preocupação".
    Segundo ele, os dois líderes não chegaram a falar de um possível contingente de "soldados da paz" na Ucrânia, nem do envolvimento da UE ou de países europeus individuais nas negociações de paz, nem do "reconhecimento" como "territórios russos" pelos países ocidentais dos territórios ucranianos que Moscou "arrancou" de Kiev.
    Por sua vez, os líderes da UE, Ursula von der Leyen e Antonio Costa, divulgaram um comunicado no qual defendem que o telefonema entre o russo e o norte-americano represente um "progresso" nos esforços para encerrar a guerra na Ucrânia.
    "Uma paz completa, justa e duradoura para a Ucrânia deve ser o resultado desta guerra terrível. Esperamos que o telefonema de ontem represente um progresso nesta direção. Permanecemos firmes em nosso apoio à Ucrânia", escreveram.
    Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, explicou que ontem houve "uma longa conversa" entre Trump e Putin", na qual ambos discutiram "a possibilidade de um cessar-fogo parcial limitado à infraestrutura estratégica".
    Para a italiana, este é "um primeiro vislumbre de esperança que vai na direção do que foi acordado entre Trump e Zelensky" em Jeddah.
   

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