Uma multidão em Israel tentou derrubar a barreira de proteção que cerca a residência privada do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira (19), durante protestos que reuniram milhares de pessoas em Jerusalém pedindo o fim dos ataques à Faixa de Gaza.
Os manifestantes, que chegaram a bloquear o acesso principal da cidade, também se posicionam contra a decisão do governo em demitir o chefe do Shin Bet, o serviço de segurança interna israelense, Ronen Bar, além de pedirem por um acordo com o Hamas pela libertação dos reféns que ainda estão em posse do grupo fundamentalista islâmico.
"É hora de acabar com isso antes que não sobre nenhum para salvar, antes que não exista mais um país", declarou a líder dos protestos, Shikma Bressler.
Israel interrompeu a trégua de dois meses com o Hamas na última terça-feira (18) ao bombardear Gaza e matar centenas de palestinos. O governo de Netanyahu acusa o grupo árabe de rejeitar repetidas ofertas de extensão do cessar-fogo por parte dos Estados Unidos e de preparar novos atentados terroristas, alegações negadas pelo grupo.
O reinício da guerra foi condenado por grande parte da comunidade internacional, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia, que se disseram "chocadas" com os ataques israelenses. Já os EUA culparam o Hamas pela retomada do conflito.
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