O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou fechar o setor automobilístico do Canadá, caso Ottawa não exclua as tarifas impostas contra produtos americanos, medida adotada em retaliação às taxações feitas pelo republicano.
"Se o Canadá não eliminar todas as tarifas contra nós, aumentarei, em 2 de abril, as taxas sobre veículos [canadenses] que chegam aos EUA, o que fará fechar definitivamente o setor de produção automobilística do Canadá", alertou Trump no Truth nesta terça-feira (11).
O Canadá passou a aplicar uma política de reciprocidade aos produtos americanos que entram no país, impondo tarifas de 25%. Ontem, a província de Ontário anunciou uma sobretaxa de 25% sobre toda a eletricidade destinada aos EUA.
"Em resposta às taxas de 25% sobre a eletricidade imposta por Ontário, ordenei ao meu Secretário de Comércio para acrescentar uma tarifa adicional de 25%, chegando a 50%, sobre todo o aço e alumínio que entra nos EUA vindo do Canadá", acrescentou Trump em sua rede social.
Segundo o mandatário de Washington, "a única coisa sensata" para o Canadá é "se tornar o 51º Estado americano", algo que ele diz querer colocar em prática.
Eleições na Groenlândia -
Paralelamente à guerra tarifária com o Canadá, Trump ameaça começar uma briga com a Groenlândia e a Dinamarca, após declarar querer anexar a maior ilha do mundo.
Nesta terça-feira (11), o território localizado no Ártico realiza eleições parlamentares, cujo debate eleitoral coloca no centro a independência groenlandesa de Copenhague e o interesse do presidente americano em adquirir a ilha.
Trump, determinado a pôr as mãos na Groenlândia "de uma forma ou de outra", tentou até o último minuto influenciar a eleição da região de 57 mil habitantes, cuja maioria é a favor da independência da Dinamarca.
"Nosso país está no olho do furacão", disse o primeiro-ministro groenlandês, Múte Egede, chefe do partido verde de esquerda Inuit Ataqatigiit (IA), em um vídeo postado no Facebook poucas horas antes da votação.
"A comunidade internacional está nos observando de perto, e vimos recentemente o quanto estão tentando influenciar nosso país", acrescentou Egede.
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