A Autoridade do Canal do Panamá negou a informação compartilhada pelo Departamento de Estado dos EUA no X de que as embarcações oficiais americanas estariam liberadas para transitar pela via aquática gratuitamente, após chegar a um acordo com o governo panamenho.
Em comunicado, a autarquia destacou que tem "o poder de estabelecer pedágios e outras taxas para a travessia do canal" e que "não fez quaisquer alterações nessas tarifas".
Mais cedo, o perfil do Departamento de Estado americano no X publicou que "os navios do governo dos EUA agora podem transitar pelo Canal do Panamá sem cobrança de taxas, economizando milhões de dólares por ano".
O post exibe ainda uma imagem do canal onde se lê que "o governo do Panamá concordou em retirar as tarifas contra os EUA".
A Autoridade do Canal do Panamá reforçou ainda que "está disposta a estabelecer um diálogo com autoridades relevantes dos EUA sobre o trânsito de embarcações de guerra do referido país".
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem ameaçado tomar o canal construído pelos americanos no início do século 20, mas controlado totalmente pelo país caribenho desde 1999. O republicano acusa o Panamá de ceder a via para a China, que nega ingerência na região.
Presidente do Panamá desmente anúncio do governo dos EUA
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, desmentiu nesta quinta-feira (6) a publicação do Departamento de Estado dos EUA que afirmava que navios oficiais americanos estariam isentos de tarifas para atravessar o Canal do Panamá.
"É totalmente falso", afirmou Mulino em coletiva de imprensa.
"Desminto o comunicado do Departamento de Estado que se baseou em algo completamente falso", acrescentou o chefe de Estado panamenho, reforçando a negativa já anunciada pela Autoridade do Canal do Panamá.
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