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Após atraso, acordo de cessar-fogo em Gaza entra em vigor

Após atraso, acordo de cessar-fogo em Gaza entra em vigor

População palestina saiu às ruas para comemorar

JERUSALÉM, 19 de janeiro de 2025, 11:25

Redação ANSA

ANSACheck
Guerra devastou infraestrutura civil de Gaza © ANSA/AFP

Guerra devastou infraestrutura civil de Gaza © ANSA/AFP

Entrou em vigor na manhã deste domingo (19) o aguardado acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza.
    Inicialmente estava previsto que a trégua começasse às 8h30 (horário local), mas isso aconteceu somente às 10h15 devido a um atraso do Hamas para confirmar os nomes das três primeiras reféns que serão libertadas: Romi Gonen, 24, Emily Damari, 28, e Doron Steinbrecher, 31.
    Steinbrecher e Damari, que também tem cidadania britânica, foram raptadas em um kibutz, enquanto Gonen estava no Festival Supernova, um dos principais alvos do Hamas nos atentados de 7 de outubro de 2023.
    Em troca, Israel deve soltar 90 prisioneiras palestinas já neste domingo. Ao todo, a primeira fase do acordo deve durar 42 dias e prevê a troca de 33 reféns por cerca de 1,9 mil palestinos presos nas cadeias de Israel.
    Após o início do cessar-fogo, pelo menos 50 ambulâncias entraram em Gaza a partir de Rafah, na fronteira com o Egito, que foi aberta pela primeira vez desde maio, bem como caminhões com ajuda humanitária. Enquanto isso, milhares de deslocados começaram a retornar para casa na Faixa de Gaza.
    Em Khan Younis, no sul do enclave, a população saiu às ruas para festejar o acordo com bandeiras palestinas. Já no Vaticano, o papa Francisco elogiou a trégua, mas cobrou que ela seja "respeitada por todas as partes". "Expresso gratidão a todos os mediadores, foi um belo trabalho mediar para que se faça a paz", disse o pontífice no Angelus.
    O líder católico também pediu que "todos os reféns possam finalmente voltar para casa para abraçar seus entes queridos" e que "as ajudas humanitárias cheguem ainda mais rapidamente e em grande quantidade à população de Gaza". "Tanto israelenses quanto palestinos precisam de sinais claros de esperança", disse.
    A guerra foi deflagrada em 7 de outubro de 2023, após o Hamas assassinar 1,2 mil israelenses em atentados sem precedentes no país judeu. Desde então, a resposta de Israel já fez quase 47 mil vítimas na Faixa de Gaza.
   

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