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Cessar-fogo em Gaza começa na manhã deste domingo

Cessar-fogo em Gaza começa na manhã deste domingo

Primeira fase prevê libertação de 33 reféns e 737 prisioneiros

ROMA, 18 de janeiro de 2025, 14:54

Redação ANSA

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Palestinos assistem a pôr do Sol em campo de refugiados na véspera de cessar-fogo em Gaza © ANSA/EPA

Palestinos assistem a pôr do Sol em campo de refugiados na véspera de cessar-fogo em Gaza © ANSA/EPA

O Exército de Israel confirmou que o cessar-fogo com o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza começará às 8h30 (3h30 em Brasília) deste domingo (19), após o acordo ter sido aprovado pelo governo do premiê Benjamin Netanyahu.
    "As Forças de Defesa de Israel [IDF] estão se preparando para implantar o acordo para restituição dos reféns aprovado na madrugada de sábado pelos líderes políticos", diz um comunicado publicado pelos militares no Telegram.
    "O acordo entrará em vigor em 19 de janeiro, às 8h30. As IDF estão se preparando para acolher os reféns após sua libertação do cativeiro do Hamas e está operando para fornecer um apoio físico e psicológico adequado", acrescenta a nota.
    A primeira fase do cessar-fogo deve durar 42 dias e prevê a libertação gradual de 33 reféns israelenses e de 1890 prisioneiros palestinos, de acordo com número revelado pelo governo do Egito, que serviu de mediador nas negociações ao lado do Catar.
    Inicialmente, no entanto, Israel deve soltar 737 palestinos, incluindo Zakaria Zubeidi, tido como responsável por diversos atentados contra civis e ex-líder da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do partido Fatah.

Fotos em Jerusalém exibem rostos de reféns israelenses sequestrados pelo Hamas

 
    Zubeidi chegou a fugir da prisão em Israel em 2021, mas acabou recapturado cinco dias depois, e é tratado como herói pelos palestinos. Outra prisioneira que será solta é Khalifa Jarrar, parlamentar integrante da Frente Popular pela Libertação da Palestina, grupo tido como "terrorista" pelo governo israelense, pelos EUA e pela União Europeia.
    Jarrar foi presa na Cisjordânia em dezembro de 2023 e ainda não teve uma acusação formal apresentada contra ela. Por outro lado, a lista dos primeiros reféns que serão libertados pelo Hamas ainda não foi divulgada oficialmente, mas a expectativa é de que inclua sobretudo mulheres, como Romi Gonen, Emily Damari e Arbel Yehud, todas elas com menos de 30 anos.
    O gabinete de Netanyahu, contudo, ameaçou suspender o acordo se o grupo fundamentalista não revelar os nomes das primeiras pessoas beneficiadas.  "Não prosseguiremos com o plano enquanto não recebermos a lista de reféns que serão libertados, como foi concordado. Israel não vai tolerar violações do acordo. A responsabilidade é exclusiva do Hamas", diz um comunicado do governo. 
    Também há expectativa pelos meninos Kfir, de dois anos, e seu irmão, Ariel, de cinco, e pela mãe deles, Shiri. Em novembro de 2023, o Hamas afirmou que a família havia sido morta em um ataque de Israel, que nunca confirmou a informação, e muitos ainda nutrem a esperança de que os três estejam vivos.
    Enquanto isso, a tensão segue alta na Faixa de Gaza. Segundo a agência de notícias palestina Wafa, um bombardeio israelense matou cinco pessoas da mesma família, incluindo três crianças, na cidade de Al-Qarara, no sul do enclave.
    Além disso, sirenes de alerta antiaéreo foram acionadas em Tel Aviv e Jerusalém devido a um míssil lançado pelos houthis, aliados do Hamas, no Iêmen. Em Tel Aviv, um palestino de 19 anos esfaqueou um homem e acabou morto por um cidadão armado que passava pelo local.
   

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