(ANSA) - O corpo do ex-jogador e técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, único tetracampeão mundial de futebol, está sendo velado neste domingo (7) na sede da Confederação Brasileira de Futebol, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
A cerimônia, realizada no Museu da CBF, começou às 9h30 (horário local) e é aberta ao público, que poderá se despedir de uma das lendas do futebol brasileiro e mundial.
Zagallo faleceu na noite da última sexta-feira (5), aos 92 anos, em um hospital no território fluminense, em decorrência da falência múltipla dos órgãos. Seu corpo é velado ao lado de sua própria estátua de cera, inaugurada em homenagem a ele em 2022, e das cinco taças de Copa do Mundo que o Brasil conquistou.
Alguns nomes do futebol brasileiro enviaram coroas de flores, como os craques Ronaldo Fenômeno, Cafu e Bebeto, além do treinador Carlos Alberto Parreira. Já o ex-técnico da seleção brasileira e atual treinador do Flamengo Tite e o ex-jogador Zinho já estão no local.
A previsão é que, a partir das 14h, será realizada uma missa no museu fechada para amigos e familiares. O enterro acontecerá às 16h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. O traslado do corpo será feito por um carro do Corpo de Bombeiros.
Nascido na cidade de Atalaia, no estado de Alagoas, em 9 de agosto de 1931, Zagallo se mudou ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde iniciou sua carreira como jogador nas categorias de base do América Futebol Clube. Ele também vestiu as camisas de Flamengo e Botafogo.
Zagallo venceu duas Copas do Mundo como jogador (1958 e 1962), além de uma como técnico (1970) e outra como coordenador (1994), quando o Brasil bateu a Itália nos pênaltis.
Além das quatro façanhas, ele treinou a seleção nas edições de 1974 e 1998, ano em que foi vice-campeão, e fez parte da comissão técnica do Mundial de 2006, ao lado de Carlos Alberto Parreira.
Por causa de sua carreira vitoriosa, Zagallo conquistou a mais alta honraria da Fifa, o prêmio de Ordem de Mérito, concedido em 1992. Considerado um personagem autêntico e supersticioso, ele tinha o 13 como número de sorte e proferiu uma das frases mais famosas do mundo do futebol após a vitória do Brasil na Copa América de 1997, em meio à pressão vivida no cargo: "Vocês vão ter que me engolir".
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de "um dos maiores jogadores e técnicos de futebol de todos os tempos" e decretou luto oficial de três dias em todo o país.
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