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'Assunto não está finalizado', diz Macron sobre acordo UE-Mercosul

'Assunto não está finalizado', diz Macron sobre acordo UE-Mercosul

Presidente da França disse que defenderá seus compromissos

PARIS, 06 de janeiro de 2025, 13:20

Redação ANSA

ANSACheck
Presidente da França acha acordo  'inaceitável ' © ANSA/EPA

Presidente da França acha acordo 'inaceitável ' © ANSA/EPA

O presidente da França, Emmanuel Macron, garantiu nesta segunda-feira (6) que a conclusão do polêmico acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul ainda não é um assunto encerrado.
    "O assunto não está encerrado. Continuaremos defendendo com força a coerência dos nossos compromissos", insistiu o líder francês perante os embaixadores franceses reunidos no Palácio do Eliseu, em Paris.
    A nova declaração de Macron sobre o acordo é dada após ele ter reiterado no último dia 5 de dezembro que considera o tratado comercial entre UE e Mercosul "inaceitável".
    O acordo comercial entre Mercosul e UE é negociado há 25 anos, e um texto chegou a ser anunciado em 2019, mas nunca foi ratificado. Em 2023, as discussões foram reabertas devido a novas exigências ambientais de Bruxelas que irritaram os países sul-americanos.
    Já em 6 de dezembro, os blocos anunciaram um acordo que pode criar um mercado de mais de 700 milhões de pessoas. Se confirmado, este será o maior pacto comercial da história da humanidade.
    O anúncio chegou em meio a protestos de agricultores europeus, principalmente franceses, que temem a concorrência de mercadorias do Mercosul com preços mais competitivos O acordo agora será traduzido para todos os idiomas necessários, para depois ser submetido ao processo de assinatura. Para entrar em vigor plenamente, no entanto, o texto terá de ser ratificado pelos parlamentos dos países do Mercosul e pelo Parlamento da UE, bem como pelo Conselho da União Europeia, órgão que reúne representantes dos governos dos 27 Estados-membros.
    Pressionadas por agricultores, França e Polônia já se declararam contra o acordo, mas, até o momento, não possuem os votos necessários para impedir a ratificação e precisão do apoio de outros países.
   

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