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Trump recua e adia tarifas sobre produtos mexicanos até abril

Trump recua e adia tarifas sobre produtos mexicanos até abril

Sheinbaum celebrou decisão do seu homólogo americano

WASHINGTON, 06 de março de 2025, 14:48

Redação ANSA

ANSACheck
Congelamento foi decidido após um telefonema com sua homóloga mexicana, Claudia Sheinbaum © ANSA/AFP

Congelamento foi decidido após um telefonema com sua homóloga mexicana, Claudia Sheinbaum © ANSA/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás em sua decisão e anunciou nesta quinta-feira (6) a suspensão das tarifas sobre o México até 2 de abril.
    De acordo com o mandatário, que fez uma publicação na rede social Truth, o congelamento foi decidido após um telefonema com sua homóloga mexicana, Claudia Sheinbaum.
    "Concordei que o país não teria que pagar tarifas sobre nada coberto pelo acordo comercial até 2 de abril. Fiz isso por respeito à presidente Sheinbaum. Nosso relacionamento tem sido muito bom e estamos trabalhando duro, juntos, na fronteira para impedir que imigrantes ilegais entrem nos EUA e para acabar com o fentanil", escreveu o republicano.
    Sheinbaum, por sua vez, classificou a isenção provisória das tarifas como uma "conquista sem precedentes".
    Após confirmar o tarifaço contra os dois vizinhos, Trump recuou ontem (5) e concedeu uma isenção de tarifas por um mês para a indústria automobilística do Canadá e do México.
    Na última terça-feira (4), primeiro dia de tarifas generalizadas sobre produtos mexicanos, o fluxo de mercadorias exportadas para Washington foi reduzido. As empresas seguraram os estoques na esperança de que Trump adiasse a taxação.
    As exportações para o vizinho chegaram a cair cerca de 40% em Ciudad Juárez, um dos centros urbanos com maior capacidade fabril na fronteira norte, disse Marcelo Vázquez, representante local da Associação Nacional de Importadores e Exportadores do México (Anierm).
    O presidente da Câmara Mexicana de Transporte de Cargas (Canacar), Miguel Ángel Martínez, disse que o impacto da imposição de tarifas "já é uma realidade", pois mais de 200 mil caminhões articulados permaneceram estacionais nas passagens alfandegárias.
    "Estamos assustados com o problema de um impacto tarifário tão grande. No entanto, não está em nossas mãos. Na próxima semana, iremos a Washington para conversar com nossos colegas e discutir as consequências para nossas atividades", declarou.
   
   

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