A Suprema Corte dos Estados Unidos impôs uma derrota ao presidente Donald Trump e rejeitou um pedido do republicano para congelar US$ 2 bilhões em pagamentos de ajudas internacionais.
Dominado por juízes conservadores, o tribunal rejeitou um recurso do governo americano com placar de 5 a 4, na primeira decisão significativa da instância máxima da Justiça do país em ações envolvendo a gestão Trump.
Na prática, a Suprema Corte manteve uma sentença de um tribunal inferior que determinou que pagamentos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e do Departamento de Estado por serviços já executados não podem ser congelados.
Além disso, o Supremo disse que o juiz federal responsável pela decisão, Amir Ali, nomeado pelo ex-presidente Joe Biden, deve esclarecer "quais obrigações o governo precisa cumprir". Os conservadores John Roberts, presidente da corte, e Amy Coney Barrett, indicada pelo próprio Trump, votaram com os três juízes progressistas.
O desmonte da Usaid é uma das bandeiras do bilionário Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência do governo Trump (Doge), e conta com apoio enfático do presidente, que disse que o órgão era comandado por "radicais lunáticos".
A Usaid era tida como a maior agência humanitária do mundo e uma das principais responsáveis pelo soft power dos Estados Unidos, com projetos em mais de 100 países.
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