O papa Francisco abriu nesta quinta-feira (26) uma Porta Santa na penitenciária de Rebibbia, em Roma, capital da Itália, como parte das celebrações pelo Jubileu católico de 2025, inaugurado na véspera de Natal.
A iniciativa foi um desejo do pontífice para jogar luz sobre o tema do tratamento à população carcerária no mundo todo e é um fato inédito na história dos "Anos Santos".
"Não percam a esperança: essa é a mensagem que desejo passar a vocês, a todos nós, eu em primeiro lugar", disse o Papa aos detentos de uma das maiores cadeias italianas, após cruzar a Porta Santa andando - em 24 de dezembro, ao realizar o ritual na Basílica de São Pedro, no Vaticano, Jorge Bergoglio utilizou uma cadeira de rodas.
"Quis que a segunda Porta Santa fosse aqui, em uma prisão. Quis que cada um de nós tivesse a possibilidade de abrir as portas do coração e entender que a esperança nunca decepciona", afirmou Francisco para cerca de 300 presidiários e agentes penitenciários.
Símbolo do início dos Jubileus, a abertura da Porta Santa representa uma passagem para a salvação dos fiéis católicos. Até 6 de janeiro, o pontífice repetirá o ritual nas outras três basílicas papais de Roma.
"Abram as portas do coração. Cada um sabe como fazê-lo, cada um sabe onde a porta está fechada", declarou Jorge Bergoglio em sua homilia em Rebibbia. "Desejo a vocês um grande Jubileu e muita, muita paz. Rezo todos os dias por vocês", salientou.
Ao sair do local, o Papa disse brevemente a jornalistas que a penitenciária "se tornou uma basílica como as outras". "Aqui não estão os peixes grandes, mas sim os peixes pequenos", destacou.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA