(ANSA) - Quase seis anos após a queda da Ponte Morandi, em Gênova - um incidente que deixou 43 mortos, 11 feridos e 566 desabrigados em 14 de agosto de 2018 -, o CEO da empresa Autostrade per l'Italia (Aspi), Roberto Tomasi, pediu desculpas aos familiares das vítimas.
A Aspi detinha a concessão da Ponte Morandi e era controlada pela família Benetton, mas foi reestatizada pela Itália por conta da tragédia.
"Expresso minha dor pessoal e de toda a sociedade pelo que aconteceu e certamente não há justificativa, as desculpas são minhas, mas também de todo o pessoal, conscientes das responsabilidades que uma empresa que gerencia um bem público possui", disse Tomasi, ao final de uma entrevista na emissora Primocanale.
"O que posso dizer é que a empresa mudou profundamente e está investindo em segurança. Entendo que às vezes os fechamentos são percebidos apenas como ‘trânsito’, mas na realidade, cada vez que fechamos é para garantir a segurança dos usuários no que é o sistema rodoviário mais movimentado da Europa, porque temos em média 65% a mais de tráfego em comparação com toda a Europa", acrescentou.
"Peço confiança por parte dos cidadãos e certamente dos parentes das vítimas, mesmo sabendo que é difícil com uma dor tão importante. O que podemos demonstrar e o que garantiremos é que faremos todas as atividades necessárias para modernizar as infraestruturas. Faremos isso apesar de todas as críticas que receberemos, porque é fundamental investir em segurança na Ligúria, mas também em todo o país", concluiu.
Tomasi tornou-se CEO em 2020, dois anos após o incidente. Ele também lamentou não ter pedido desculpas antes.
Ele foi chamado para falar sobre áreas que afetam o anel rodoviário genovês, mas acabou sendo questionado sobre a tragédia.
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