O ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, recebeu nesta terça-feira (18) seu homólogo argentino, Mariano Cúneo Libarona, em Roma, para debater a extradição de terroristas e criminosos residentes no país sul-americano.
Um dos casos mais recentes aconteceu no ano passado, quando o italiano Leonardo Bertulazzi, 71, ex-integrante do grupo terrorista de esquerda Brigadas Vermelhas, chegou a ser preso em Buenos Aires após a revogação do status de refugiado por ordem do governo de Javier Milei, porém acabou solto por determinação da Justiça.
Na ocasião, a Câmara de Cassação da Argentina apontou elementos de "arbitrariedade" e considerações "dogmáticas" na prisão de Bertulazzi, que "vivia com a mulher havia mais de 20 anos no mesmo domicílio do qual é proprietário". Ele era considerado refugiado no país desde 2004, até ter a condição revogada por Milei.
Bertulazzi foi condenado na Itália a 27 anos de prisão pelo sequestro do engenheiro naval Pietro Costa, em 12 de janeiro de 1977.
O crime teve como objetivo obter dinheiro para financiar ações subversivas das Brigadas Vermelhas, como a compra do apartamento onde o ex-premiê Aldo Moro, raptado e morto pelo grupo, seria mantido em cativeiro em 1978.
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