A Polícia da Itália prendeu nesta quarta-feira (4) 12 pessoas acusadas de pertencer a um grupo neonazista que planejava atentados terroristas contra autoridades, inclusive contra a premiê Giorgia Meloni.
O grupo se autodenominava "Divisão Werwolf", em referência a um projeto da Alemanha nazista para criar uma guerrilha que operasse atrás das linhas dos Aliados no fim da Segunda Guerra Mundial.
Os suspeitos são acusados de crimes como associação para o terrorismo, propaganda e instigação ao crime por motivos de discriminação racial, étnica e religiosa e posse ilegal de armas de fogo.
De acordo com os investigadores, o grupo era uma "célula organizada" que estava pronta para "realizar atentados com técnicas utilizadas pelos chamados lobos solitários". Meloni e um economista do Fórum Econômico Mundial (WEF) estavam entre os possíveis alvos mencionados pelos suspeitos em conversas no Telegram.
Ao todo, a polícia executou 12 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em províncias de norte a sul do país, como Bari, Brindisi, Lecco, Milão, Monza Brianza, Modena, Palermo, Pesaro Urbino, Pescara, Pordenone, Ravenna, Roma, Teramo, Trieste, Vercelli e Vicenza.
Os investigados têm entre 19 e 76 anos de idade e seguem "ideais supremacistas e neonazistas, baseando-se na negação e apologia do Holocausto". Seu objetivo, segundo a polícia, era "subverter a atual ordem para a instauração de um Estado autoritário centrado na 'raça ariana', inclusive com o projeto de ações violentas contra representantes das instituições".
Um panfleto disseminado pelo grupo na Emilia-Romagna, norte da Itália, em 2022 falava em "destruir a organização política" da democracia liberal e "abater seus ídolos e dogmas"
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