O grupo fundamentalista islâmico Hamas libertou neste sábado (1°) mais três reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza, em troca de dezenas de prisioneiros palestinos.
Esta é a quarta liberação e ocorre na mais recente etapa de um cessar-fogo que tenta encerrar a guerra iniciada em 7 de outubro de 2023 no Oriente Médio.
Trata-se de Keith Siegel, 65 anos, Ofer Calderon, 54, e Yarden Bibas, 35, que foram entregues à Cruz Vermelha no enclave palestino e cruzaram a fronteira para Israel.
Nascido na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, Siegel também tem cidadania americana e foi sequestrado com a esposa, Aviva Siegel, 63, nos atentados de 7 de outubro de 2023 no kibutz Kfar Aza, onde diversos moradores foram massacrados pelo Hamas. Aviva foi libertada em novembro daquele ano.
Calderon foi raptado no mesmo kibutz enquanto tentava se esconder dos terroristas em um abrigo antiaéreo. Ele estava com dois filhos, Sahar, 17 anos, e Erez, 13, ambos soltos em 27 de novembro de 2023.
Já Bibas foi sequestrado no kibutz de Nir Oz e é pai dos meninos Ariel, 5, e Kfir, 2, que ainda estão sob poder do Hamas com a mãe, Shiri. Ele apareceu em um palco montado pelos rebeldes sob escombros e destruição e, com o rosto fechado e deprimido, acenou para a multidão quando solicitado pelos milicianos.
Até o momento, não se sabe exatamente sobre o paradeiro de sua família. A esposa e os dois filhos de Bibas deveriam ter sido libertados nos primeiros dias do acordo, mas não foram incluídos nas listas. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (|FDI), Daniel Hagari, disse nos últimos dias que "há grande preocupação" sobre o destino deles.
Relatos apontam que Kalderon e Bibas foram levados para um hospital no centro de Israel, seguindo o protocolo. "O governo de Israel dá as boas-vindas aos reféns que retornaram. Suas famílias foram informadas de que eles se juntaram às nossas forças", diz um comunicado oficial do gabinete israelense.
Segundo fontes locais, após a libertação dos três reféns, no âmbito da quarta fase do acordo com o Hamas, o governo do premiê Benjamin Netanyahu libertou 183 prisioneiros palestinos, sendo que 143 foram transferidos da penitenciária de Ketziot, no Negev, para Gaza, enquanto várias dezenas deixaram a prisão de Ofer, na Cisjordânia.
Além dos três, o Hamas já libertou 10 dos 33 reféns israelenses prometidos na primeira fase do cessar-fogo, que deve durar 42 dias, além de cinco tailandeses raptados nos atentados de 2023, porém soltos em uma negociação separada com Bangkok.
Em troca, Israel libertou 400 prisioneiros palestinos, incluindo dezenas de mulheres e menores de idade
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