As agências da Organização das Nações Unidas (ONU) começaram a reduzir atividades de ajuda humanitária em todo o mundo, após o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspender assistências financeiras a programas no exterior por 90 dias.
Segundo o jornal britânico The Guardian, Filippo Grandi, diretor da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), enviou um e-mail a todos os funcionários ordenando um corte imediato nas despesas.
A medida prevê o bloqueio de novos pedidos de suprimentos por 90 dias, exceto para emergências, assim como o congelamento de novas contratações e de viagens internacionais.
"Devemos proceder com muita cautela nas próximas semanas para reduzir o impacto desta incerteza no financiamento para refugiados e deslocados e sobre nossas operações e nossa equipe", escreveu Grandi no e-mail, acrescentando que essa contenção "ajudará a administrar as verbas durante um período difícil".
"O que deve ficar claro é que, mais do que nunca, devemos continuar a demonstrar o impacto e a eficiência de nosso trabalho", concluiu.
O Acnur é responsável pela ajuda humanitária a 122 milhões de refugiados em 136 países.
Na última segunda (27), o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a entrega contínua das atividades humanitárias, pois são "essenciais para as comunidades mais vulneráveis ao redor do mundo, cujas vidas e meios de subsistência dependem desse apoio".
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