A atriz Sophia Loren foi eleita a "Personalidade do Ano 2024" pela enciclopédia italiana Treccani, que a considera "um símbolo máximo feminino".
Em um texto escrito por Gianluca Nicoletti para o Livro do Ano 2024 da Treccani, a estrela do cinema mundial, atualmente com 90 anos de vida, foi citada como "um modelo da italianidade feminina em todo o seu vertiginoso esplendor, assim como em sua fragilidade. O símbolo mais famoso da mulher italiana no mundo, nunca manchado e nunca superado pela mudança peremptória nas modas estéticas".
De origem humilde, "a tal ponto que ficou marcada em sua memória a mãe implorando para alimentá-la", conforme lembrou a Treccani, Loren encontrou no cinema a grande oportunidade para sobreviver na Itália pós-fascista, transformando-a, posteriormente, em um mito.
Através das telonas, a estrela atuou como mulher adúltera ("O Ouro de Nápoles", 1954), em uma época em que o adultério era crime, como ex-prostituta ("Matrimônio à Italiana", 1964), mas também como mãe, que na trágica história de "Duas Mulheres" (1960), lhe rendeu um Prêmio Oscar.
Na vida real, Loren foi casada com Carlo Ponti (1912-2007), com quem viveu uma história de amor eterna repleta de fofocas e sombras, mas que lhe deu dois filhos. Em 1982, a diva pegou um avião na Suíça que a levou até Roma. Ela desceu da aeronave com um sorriso deslumbrante e, abraçada a um buquê de flores, foi presa por evasão fiscal. Cumpriu 17 dias de cárcere. Em 2013, o Tribunal de Cassação a declarou inocente.
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