Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira (18) o primeiro caso grave de gripe aviária no país. Trata-se de um homem, cuja idade não foi revelada.
Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o paciente, do estado da Louisiana, contraiu a infecção causada pelo vírus A/H1N através de aves infectadas presentes no quintal de sua casa, sendo hospitalizado. Desde abril, o país havia confirmado 61 casos da doença, porém, todos de baixo risco.
Apesar da gravidade do novo caso, o CDC alerta em nota "que não foi detectada nenhuma transmissão da gripe aviária H5N1 de pessoa para pessoa. Assim, o risco imediato para a saúde pública da gripe aviária H5N1 permanece baixo".
As autoridades informaram que, até o momento, não houve o temido salto de contaminação de animais para humanos, onde um vírus consegue modificar-se geneticamente a ponto de se fixar nas células humanas, permitindo o contágio.
Pesquisas mostram que o vírus demonstrou capacidade de transmitir-se com eficácia, além de aves, em algumas espécies de mamíferos. Em julho, a revista Nature publicou um estudo coordenado pela Universidade Cornell que revelou o aumento de contaminação de aves em bovinos.
Em relação ao primeiro caso grave da gripe aviária em humanos, dados preliminares no homem infectado indicam que o vírus pertence ao genótipo D1.1, relacionado a outros vírus D1.1, que foram detectados recentemente em aves selvagens e domésticas nos EUA, no estado de Washington, e no Canadá, em Colúmbia Britânica. Trata-se de um genótipo diferente do B3.13 encontrado em vacas leiteiras, em casos humanos esporádicos e em surtos em aves.
A peculiaridade deste caso, diz o CDC, é que "além das criações comerciais de aves e vacas leiteiras afetadas, também as aves selvagens e as domésticas podem ser fontes de transmissão".
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