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Congo diz que 'doença misteriosa' é forma grave de malária

Congo diz que 'doença misteriosa' é forma grave de malária

Pessoa morreu na Itália com febre hemorrágica após voltar do paí

VENEZA, 17 de dezembro de 2024, 14:32

Redação ANSA

ANSACheck
Autoridades locais realizando força-tarefa contra vírus © ANSA/EPA

Autoridades locais realizando força-tarefa contra vírus © ANSA/EPA

O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo declarou nesta terça-feira (17) que a doença até então "misteriosa", que circula na região de Panzi, é "uma forma grave de malária".
    Segundo as autoridades locais, citadas pela agência Reuters, a doença matou 143 pessoas na província de Kwango, no sudoeste do país, em novembro passado.
    "O mistério foi finalmente resolvido. Trata-se de um caso de malária grave, sob a forma de uma doença respiratória, fragilizada pela desnutrição", afirmou o governo congolês em comunicado.
    Após o anúncio, porém, a Organização Mundial da Saúde afirmou que "ainda não determinou definitivamente a causa da doença não diagnosticada", que fez dezenas de vítimas no Congo, e reforçou que "estão em andamento testes laboratoriais".
    Em comunicado enviado por e-mail ao jornal USA Today, a organização explicou que algumas amostras já chegaram ao seu laboratório em Kinshasa, capital do Congo que fica a cerca de 48 horas de carro da área de Panzi, o que retardou o processo de identificação, enquanto outras ainda estão a caminho para serem testadas.
    De acordo com o ministro provincial da saúde, Apollinaire Yumba, medicamentos antimaláricos fornecidos pela OMS estão sendo distribuídos nos principais hospitais e centros de saúde da área sanitária de Panzi.
    Além disso, um porta-voz da Organização Mundial da Saúde anunciou que mais kits de saúde para casos moderados e críticos chegarão amanhã (18).
    Na Itália, por sua vez, uma pessoa de 55 anos, cuja identidade não foi revelada, residente de Treviso, morreu com febre hemorrágica poucos dias depois de retornar de uma viagem ao Congo.
    O caso foi revelado pelas autoridades sanitárias locais, que abriram uma investigação, em colaboração com o hospital Spallanzani de Roma, para compreender a verdadeira origem da doença.
    Segundo o Ministério da Saúde da Itália, as medidas de saúde pública previstas para estes casos foram ativadas, incluindo o isolamento domiciliar para o único contato que a mulher teve, na região do Vêneto.
   

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