O grupo fundamentalista islâmico Hamas recuou e indicou nesta quinta-feira (13) que vai manter a libertação de reféns israelenses programada para o próximo sábado (15).
Em publicação no Telegram, o movimento palestino disse que decidiu manter o cronograma após Catar e Egito, mediadores das negociações, prometerem trabalhar para remover os "obstáculos" que estariam atrasando o fluxo de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
"O Hamas confirmou a posição de implementar o acordo assinado, incluindo a troca de prisioneiros segundo o cronograma determinado", afirma a mensagem.
O grupo havia anunciado o adiamento da libertação prevista para sábado e acusado Israel de violar os termos do cessar-fogo em vigor no enclave desde 19 de janeiro, sobretudo em relação à chegada de ajudas para a população civil, como "caravanas de casas pré-fabricadas, tendas, equipamentos pesados, suprimentos médicos e combustíveis", segundo o comunicado divulgado nesta quinta.
Em resposta, o premiê Benjamin Netanyahu ameaçou retomar a guerra, com o respaldo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu um "inferno" caso o Hamas não mantivesse o acordo.
Até o momento, o grupo e Israel já realizaram cinco trocas de reféns e prisioneiros, com a libertação de 21 pessoas sequestradas nos atentados terroristas de 7 de outubro de 2023, sendo 16 israelenses e cinco trabalhadores agrícolas tailandeses, e 766 palestinos.
Ao todo, a primeira fase do cessar-fogo, que deve durar 42 dias, prevê a devolução de pelo menos 33 reféns.
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