O Tribunal Penal de Paris condenou nesta sexta-feira (19) Mathias Pogba, irmão mais velho do meio-campista Paul, a três anos de prisão - dois deles com suspensão condicional - em um processo pelo suposto sequestro do craque francês.
A pena suspensa de um ano será condicionada ao uso de uma tornozeleira eletrônica. O tribunal também multou o irmão de Pogba em 20 mil euros por participar de uma tentativa de extorsão de 13 milhões de euros contra o jogador em 2022 e por pressionar o ex-atleta da Juventus, sua família e seus agentes para tentar obter o pagamento.
Os outros cinco réus, todos amigos de infância ou conhecidos de Paul Pogba, foram considerados culpados de extorsão, restrição e detenção ilegal, bem como de conspiração criminosa, e condenados a penas de prisão de até oito anos e multas entre 20 mil e 40 mil euros.
A única acusação que não foi confirmada, conforme solicitado pela promotoria, foi a de sequestro.
Roushdane K., considerado o mentor do caso e a única pessoa que apareceu sob custódia, foi condenado a oito anos de prisão, conforme solicitado pela acusação.
Já Adama C, um dos amigos de infância mais próximos do jogador de futebol, foi condenado a cinco anos e saiu do tribunal algemado e escoltado por policiais, enquanto Mamadou M. pegou cinco anos, dos quais 12 meses foram suspensos.
Por fim, Machikour K. e Boubacar C. foram condenados a quatro anos de prisão, com dois anos de suspensão para um dos réus e até três anos de suspensão para o outro.
O "caso Pogba" teve início na noite entre 19 e 20 de março de 2022, quando o jogador foi emboscado em um apartamento em Montevrain, na região de Paris. Na ocasião, dois homens encapuzados o ameaçaram com uma arma na tentativa de extorquir 13 milhões de euros dele, que jogava no Manchester United e depois regressou à Juventus.
O caso veio à tona depois que Mathias Pogba, em agosto de 2022, publicou vídeos nas redes sociais nos quais acusava Paul, entre outros, de ter "enfeitiçado" Kylian Mbappé, por meio de um "marabu", uma espécie de feiticeiro.
Após as condenações, os advogados dos réus revelaram choque e indignação com as sentenças, consideradas muito altas, e anunciaram que vão recorrer.
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